Monday, May 05, 2008

Paradoxos irrelevantes (ou Paradoxos fundamentais) da vida cotidiana

Sou livre, não sou.
Sou um ser subjetivo e individual, único;
não... isto é uma ilusão, sou um ser determinado por consequências reforçadoras,
PIOR, sou um ser determinado por minha herança genética e pela seleção natural.
O que penso é resultado da configuração físico-química do meu cérebro, das vitaminas que me faltam, das sinapses...
não, sou simplesmente semelhante à Deus, em perfeição e divindade, não pecarei
e se Deus está morto, e que esteja, a morte é o meu fim
e eu sou o meio, o meio e o fim da ponte... oh!
Afinal, quem sou eu? E o que não sou? Talvez a pergunta correta seja: O que quero ser? ou O que não quero ser?, não saberei ao certo, se há certo, no entanto vivo controlando as incertezas ou deixando-as me controlarem. De certa forma dá certo, de certa forma não dá. É assim para mim, para você também pode ser. Cada crença, suposição, afirmação num olhar cético não sobra nada, só um espelho e nesse espelho sobra tudo, refletido, dos seus olhos vêm a resposta, que é totalmente singular e totalmente homogênea, depende do óculos que você está usando hoje, que pode ser o mesmo de ontem e de amanhã, que pode ser sempre o mesmo, ou cada dia um diferente... cada um com sua loucura, digo, óculos, digo, jeito, digo, modo de ver algo que tende a se tornar automático se não fosse o paradoxo: ser ou não ser?