Enforcados
O homem levanta para olhar a rua,
da janela só se pode sentir
a verdade
nua e crua
Consentimos com o que vemos
“Sim!” - dizemos
“É a realidade!”
Do outro lado
nada muda,
a não ser o toque manchado
de alguém que estuda
o olhar do outro calejado
na janela próxima a sua
“Meu irmão” – pensa então
“passivo de alma
tão igual sou eu passivo de ação.
Todo dia observamos o mal acontecer
sem nos mover fingindo que o amamos,
fingindo que nos amamos”
Assim fecha cada qual a janela que lhe pertence
já que não lhes possui o absurdo da realidade
o que percebe, perece
o que não, compreende:
- É assim.
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