Desvario, as mãos não aprenderam a ter razão.
A gente fica se preparando pra viver e olha ai... tá acabando tudo.
Minhas horas, meu relógio quer parar antes do tempo, o tempo não para, mas os relógios quebram e fazem parecer que as horas param. E é nessas horas que você precisa de um relógio novo, que será outro... aquele que quebrou já não terá mais jeito, é inútil. Minhas horas querem parar antes do tempo, ou eu sou lerda. Nada fiz ainda e meu tempo já acabou? Não me deram tempo pra nada então... injustiça, eu queria fazer tanta coisa. Talvez tenha feito, acho que fiz, mas queria mais, muito mais, desejo ilimitado, já disse... eu desejo todas as estrelas, mas minhas mãos, estas duas mãos, são pequenas pro desejo do mundo, as coisas me escapam
a vida escorre por nossas mãos e gente olha e diz “opa!” e só.
Hoje eu concluí que a gente só morre por ter medo de morrer
Se não tem medo enfrenta e vive. Vive muito mais, até que um dia as leis da Natureza te levam, mas elas podem, elas são divinas.
Minha cabeça vai explodir, sabiam? Vai mesmo...
E nem posso aproveitar desse vulcão prestes a entrar em erupção... é muita idéia querendo sair, daí todas ficam entaladas.
Vcs não têm nada a ver com isso mesmo, mas e daí, eu preciso me expressar, todo mundo precisa... pouco me importa a sua indiferença, eu não estou indiferente a essa situação.
Eu devia estar estudando, mas é muita coisa na minha cabeça. Meu cérebro precisa de férias, mas eu não quero que ele as ganhe. Eu preciso ver o tempo todo, não gosto de dormir (a morte de todo dia), eu quero sentir a dureza da vida nas veias latejando, isso me faz forte... mas a força maior eu não tenho, as coisas acontecem e não dependem só de mim, dependem da relação do todo. Em algum momento eu ia perder e já sabia disso.
Talvez eu esteja enganada quanto ao meu tempo... tomara que sim.
É incrível como eu não consigo parar de falar. Uma vez eu disse em algum lugar que eu não sabia dar um fim às coisas, mesmo o fim sendo a coisa mais natural que possa acontecer às coisas com um começo, eu nunca consegui dar um belo fim aos meus poemas, nem textos, nem frases, nem gestos. É engraçado, mas o homem em vida é sempre tão belo, interessante e depois que vira um cadáver?? É igual um animal qual-quer-qual-quer-qual-quer, não tem graça, nem brilho, é também morno, como todo resto.
Ainda bem que esse texto é grande, pois assim a possibilidade das pessoas- que anseiam por vida- que entram aqui lerem é menor. Nem precisam comentar pequenos grãos de fermento, belos, não digam nada... respirem o que eu digo. Peguem minha vida, peguem minha lucidez, eu não consigo mais respirar a vida de ninguém, eu fazia isso pra viver, mas ai eu vi que matava as pessoas... mentira, eu nunca respirei a vida de ninguém, eu respirei livros, sabiam!? Lhes digo que é muito mais fácil e delicioso, mas os livros têm finais tão bonitos, eu pensei que aquilo só poderia ser mentira (a mentira não é algo ruim), daí eu resolvi abraçar o mundo e as pessoas, hoje nada me agrada mais que um abraço, nada! Ai que está o perigo, fui perdendo meus pedaços, eu me dei às pessoas... eu perdi mais um pouco de mim, o meu completo eu não se encontra só em meu corpo, ele está por ai, com toda a gente, assim eu não perco de uma vez e vejam só, assim não terei fim.
O incrível é que eu vario tanto de assunto que já não sei mais do que estou falando
as pessoas me chamam de louca... elas gostam tanto de dizer coisas desnecessárias (talvez como oq eu digo agora, mas a gente sempre prefere acreditar que não). Meu amigo sem olhos nunca me chamou de louca, nem nunca me abraçou, nem sabe onde moro, nem conhece meus pais, nem nunca fez coisas normais ao meu lado, ele me conhece, ele vai levar grande parte de mim e nossos encontros, sempre tão reais, foram totalmente surrealistas e dolorosos. Um prazer.
Pq eu estou escrevendo aqui? As vezes me estranho demais, só os papéis me entendem, essa tela tem cor de papel, acho que ela está enganando minha consciência... Está nada!! É difícil me enganar, eu gosto da “realidade”, eu nunca tive problemas com ela.
campos-carvalho-campos-carvalho
as pessoas não deviam ter medo de se expressar
alguém já assistiu Nostalgia? O poeta se expressou bem lá... ele chegou ao ápice e depois morreu, nunca mais viu a decadência de novo, esperto foi ele!
Um outro homem se matou pra preservar o Pantal, ele é um herói, ele não se matou nada, ele se tornou imortal, esperto ele também.
Eu falo demais, eu sempre odiei esconder o que sinto e penso
mesmo assim, eu sou silenciosa. Soturna...
Minha inconsciência quer domir, eu odeio dormir, eu odeio dormir... pq nessas horas as coisas estão acontecendo e eu estou ficando pra trás. Eu vou ser ignorante pra sempre, mas talvez minha ignorância tenha limite.
Quero escrever um livro antes de ir e deixar minha correspondência ao remetente anônimo, isso é que o ofício de escrever faz... eu queria tanto escrever pra viver, ser jornalista... talvez não dê, mas eu vou continuar acreditando que sim, até o não vencer.
Tão belos os homens, essa turba, eu odeio os números... eles são tão perfeitos, como os homens os descobriram? Eu sempre gostei da imperfeição, das mulheres com rostos masculinos, dos homens com cara de doença, eles é que são belos. Da música que vária em agudo e grave em meio tempo... dos dias em que a chuva leva os telhados das pessoas que não tem dinheiro pra duas refeições diárias... literatura. Tudo mais, tudo belo. Tudo tão mentiroso.
Outro dia falo da mentira
Ou não
Meu relógio diz não enquanto digo sim. Eu sempre disse sim, mas ainda não pra tudo, não pro fim.
issonãofazsentidomesmo
isso é um blog, tem de tudo. Aqui tem vida e mundo. Tem de tudo.
Desvario, as mãos não aprenderam a ter razão.
Minhas horas, meu relógio quer parar antes do tempo, o tempo não para, mas os relógios quebram e fazem parecer que as horas param. E é nessas horas que você precisa de um relógio novo, que será outro... aquele que quebrou já não terá mais jeito, é inútil. Minhas horas querem parar antes do tempo, ou eu sou lerda. Nada fiz ainda e meu tempo já acabou? Não me deram tempo pra nada então... injustiça, eu queria fazer tanta coisa. Talvez tenha feito, acho que fiz, mas queria mais, muito mais, desejo ilimitado, já disse... eu desejo todas as estrelas, mas minhas mãos, estas duas mãos, são pequenas pro desejo do mundo, as coisas me escapam
a vida escorre por nossas mãos e gente olha e diz “opa!” e só.
Hoje eu concluí que a gente só morre por ter medo de morrer
Se não tem medo enfrenta e vive. Vive muito mais, até que um dia as leis da Natureza te levam, mas elas podem, elas são divinas.
Minha cabeça vai explodir, sabiam? Vai mesmo...
E nem posso aproveitar desse vulcão prestes a entrar em erupção... é muita idéia querendo sair, daí todas ficam entaladas.
Vcs não têm nada a ver com isso mesmo, mas e daí, eu preciso me expressar, todo mundo precisa... pouco me importa a sua indiferença, eu não estou indiferente a essa situação.
Eu devia estar estudando, mas é muita coisa na minha cabeça. Meu cérebro precisa de férias, mas eu não quero que ele as ganhe. Eu preciso ver o tempo todo, não gosto de dormir (a morte de todo dia), eu quero sentir a dureza da vida nas veias latejando, isso me faz forte... mas a força maior eu não tenho, as coisas acontecem e não dependem só de mim, dependem da relação do todo. Em algum momento eu ia perder e já sabia disso.
Talvez eu esteja enganada quanto ao meu tempo... tomara que sim.
É incrível como eu não consigo parar de falar. Uma vez eu disse em algum lugar que eu não sabia dar um fim às coisas, mesmo o fim sendo a coisa mais natural que possa acontecer às coisas com um começo, eu nunca consegui dar um belo fim aos meus poemas, nem textos, nem frases, nem gestos. É engraçado, mas o homem em vida é sempre tão belo, interessante e depois que vira um cadáver?? É igual um animal qual-quer-qual-quer-qual-quer, não tem graça, nem brilho, é também morno, como todo resto.
Ainda bem que esse texto é grande, pois assim a possibilidade das pessoas- que anseiam por vida- que entram aqui lerem é menor. Nem precisam comentar pequenos grãos de fermento, belos, não digam nada... respirem o que eu digo. Peguem minha vida, peguem minha lucidez, eu não consigo mais respirar a vida de ninguém, eu fazia isso pra viver, mas ai eu vi que matava as pessoas... mentira, eu nunca respirei a vida de ninguém, eu respirei livros, sabiam!? Lhes digo que é muito mais fácil e delicioso, mas os livros têm finais tão bonitos, eu pensei que aquilo só poderia ser mentira (a mentira não é algo ruim), daí eu resolvi abraçar o mundo e as pessoas, hoje nada me agrada mais que um abraço, nada! Ai que está o perigo, fui perdendo meus pedaços, eu me dei às pessoas... eu perdi mais um pouco de mim, o meu completo eu não se encontra só em meu corpo, ele está por ai, com toda a gente, assim eu não perco de uma vez e vejam só, assim não terei fim.
O incrível é que eu vario tanto de assunto que já não sei mais do que estou falando
as pessoas me chamam de louca... elas gostam tanto de dizer coisas desnecessárias (talvez como oq eu digo agora, mas a gente sempre prefere acreditar que não). Meu amigo sem olhos nunca me chamou de louca, nem nunca me abraçou, nem sabe onde moro, nem conhece meus pais, nem nunca fez coisas normais ao meu lado, ele me conhece, ele vai levar grande parte de mim e nossos encontros, sempre tão reais, foram totalmente surrealistas e dolorosos. Um prazer.
Pq eu estou escrevendo aqui? As vezes me estranho demais, só os papéis me entendem, essa tela tem cor de papel, acho que ela está enganando minha consciência... Está nada!! É difícil me enganar, eu gosto da “realidade”, eu nunca tive problemas com ela.
campos-carvalho-campos-carvalho
as pessoas não deviam ter medo de se expressar
alguém já assistiu Nostalgia? O poeta se expressou bem lá... ele chegou ao ápice e depois morreu, nunca mais viu a decadência de novo, esperto foi ele!
Um outro homem se matou pra preservar o Pantal, ele é um herói, ele não se matou nada, ele se tornou imortal, esperto ele também.
Eu falo demais, eu sempre odiei esconder o que sinto e penso
mesmo assim, eu sou silenciosa. Soturna...
Minha inconsciência quer domir, eu odeio dormir, eu odeio dormir... pq nessas horas as coisas estão acontecendo e eu estou ficando pra trás. Eu vou ser ignorante pra sempre, mas talvez minha ignorância tenha limite.
Quero escrever um livro antes de ir e deixar minha correspondência ao remetente anônimo, isso é que o ofício de escrever faz... eu queria tanto escrever pra viver, ser jornalista... talvez não dê, mas eu vou continuar acreditando que sim, até o não vencer.
Tão belos os homens, essa turba, eu odeio os números... eles são tão perfeitos, como os homens os descobriram? Eu sempre gostei da imperfeição, das mulheres com rostos masculinos, dos homens com cara de doença, eles é que são belos. Da música que vária em agudo e grave em meio tempo... dos dias em que a chuva leva os telhados das pessoas que não tem dinheiro pra duas refeições diárias... literatura. Tudo mais, tudo belo. Tudo tão mentiroso.
Outro dia falo da mentira
Ou não
Meu relógio diz não enquanto digo sim. Eu sempre disse sim, mas ainda não pra tudo, não pro fim.
issonãofazsentidomesmo
isso é um blog, tem de tudo. Aqui tem vida e mundo. Tem de tudo.
Desvario, as mãos não aprenderam a ter razão.
1 Comments:
É,realmente, a probabilidade de alguém ter lido seu texto é mínima!hauhaehaehhuahhua...mas,novamente, eu li, porque preciso deles. A facilidade que vc tem em escrever textos de diversos assuntos é enorme!
>o que vc vai fazer amanhã?hhahauea...
=*
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